9 Boas Práticas para Reparar Fissuras em Betão (2025)
Guia prático para reparar fissuras em betão sem retrabalho: diagnóstico, método certo, execução e proposta profissional que fecha, passo a passo.

Introdução
Reparar fissuras em betão parece simples até surgirem infiltrações, delaminações ou o mesmo traço abrir novamente semanas depois. O que muda os resultados é o método: diagnosticar bem, escolher a solução certa e executar com controlo de qualidade. Este guia mostra por que as fissuras aparecem, como decidir entre selagem, injeção, costura e corte e selagem, e como transformar o diagnóstico técnico numa proposta clara que o cliente aprova rapidamente.
Índice
- Pontos-Chave
- Diagnóstico Correto de Fissuras
- Preparação de Substrato e Controlo de Humidade
- Escolha do Método Para Cada Caso
- Execução e Controlo de Qualidade
- Orçamentação e Proposta Que Fecha
- Perguntas Frequentes
- Conclusão
Pontos-Chave
- Classifique a fissura antes de agir: largura, profundidade, movimento e origem definem o método. Como regra prática, <0,2 mm é capilar; >0,5 mm tende a requerer costura ou injeção estrutural.
- Limiares técnicos que evitam retrabalho: humidade do substrato <4% para resinas epóxi; temperatura de aplicação entre 10–30 °C; reabertura ao tráfego leve após 24 h em sistemas de cura rápida.
- Seleção do método faz a diferença: injeção a 0,2–0,7 MPa para fissuras ativas e profundas; corte 6–12 mm e selagem elástica com capacidade ±25% para juntas de movimento.
- Controlo de qualidade prático: pot life 20–40 min a 20 °C; grampos em U a cada 200–300 mm na costura; bicos de injeção espaçados 150–300 mm.
- Propostas claras convertem: detalhe causa, método, garantias e prazos. Usar voz para recolher dados e gerar proposta acelera a decisão do cliente.
Diagnóstico Correto de Fissuras
Problema
Muitos reparos falham porque tratam sintomas, não a causa. Sem medir largura e avaliar movimento, aplica-se selante onde era precisa injeção, ou vice-versa, e a fissura reabre.
Solução
- Medir e classificar:
- Largura: <0,2 mm capilar; 0,2–0,5 mm fina; >0,5 mm larga.
- Profundidade: use sonda ou perfuração de teste para avaliar se atravessa a secção.
- Movimento: observe variações sazonais/diárias; se for junta de retração ou estrutural ativa, opte por solução elástica.
- Identificar causa provável: retração plástica, assentamento, sobrecarga, choques térmicos ou falta de juntas.
- Referência: a série EN 1504 destaca a importância de compatibilidade mecânica e térmica entre betão e produto de reparação.
Exemplo
Garagem interior com fissuras de 0,3–0,6 mm atravessando 120 mm de laje. Sem sinais de humidade ascendente. Classificação: fissuras estruturais estáveis. Decisão: injeção epóxi de baixa pressão e costura pontual onde >0,5 mm, em vez de simples selagem superficial.
Preparação de Substrato e Controlo de Humidade
Problema
Aderência fraca é a principal causa de falhas precoces. Pó, óleos, humidade elevada e temperaturas fora de gama arruínam até o melhor produto.
Solução
- Limpeza: abrasão leve e aspiração industrial. Ar comprimido isento de óleo. Remover contaminantes com desengordurante adequado.
- Humidade: para epóxi, alvo <4% por massa no substrato; poliuretano tolera substratos húmidos. Evite condensação: betão pelo menos 3 °C acima do ponto de orvalho.
- Ambiente: 10–30 °C e humidade relativa <80% são faixas típicas de aplicação seguras.
Exemplo
Numa cave com 75% HR e 16 °C, um desumidificador baixou HR para ~60% e o medidor indicou 3,5% no betão. Resultado: injeção epóxi sem bolhas e cura uniforme em 12 h.
Escolha do Método Para Cada Caso
Problema
Método errado = retrabalho. Fissuras vivas pedem elasticidade; fissuras estruturais profundas exigem solidarização.
Solução
Use a matriz abaixo para decidir rapidamente.
| Método | Quando usar | Dados chave | Erros comuns |
|---|---|---|---|
| Selagem superficial | Fissuras <0,2 mm sem água | Filme fino; apenas estético/estanqueidade leve | Usar onde há movimento ativo |
| Injeção epóxi | Fissuras 0,2–0,5 mm e estruturais secas | Pressão 0,2–0,7 MPa; bicos a 150–300 mm | Aplicar em substrato húmido |
| Injeção PU | Fissuras com água/ativas | Expansivo; trabalha em húmido | Falta de barreira superficial cria fugas |
| Costura (grampos) | Fissuras >0,5 mm e cargas repetidas | Grampos 6–8 mm a cada 200–300 mm | Espaçamento excessivo |
| Corte e selagem | Juntas de movimento e retração | Ranhura 6–12 mm; razão largura:profundidade 2:1; selante ±25% | Sem backer rod, adesão em 3 faces |
Exemplo
Terraço com fissuras de 0,4 mm que abrem/fecham conforme temperatura. Solução: corte 10 mm x 8 mm, backer rod com diâmetro 25–30% maior que a largura da junta e selante híbrido com capacidade ±25%. Resultado: absorção de movimento sem rachar o selante após um ciclo anual.
Execução e Controlo de Qualidade
Problema
Execuções inconsistentes geram bolhas, vazios e zonas sem material. Sem checkpoints, o risco de retrabalho dispara.
Solução
- Injeção
- Selar superfície da fissura com pasta epóxi e instalar bicos a cada 150–300 mm.
- Injetar de baixo para cima ou do ponto de menor cota para o maior.
- Manter pressão baixa e constante: 0,2–0,7 MPa. Se surgir resina no bico seguinte, feche e avance.
- Costura
- Abrir canais transversais 20–25 mm de profundidade.
- Colocar grampos em U inox 6–8 mm, a cada 200–300 mm, embebidos em resina.
- Corte e selagem
- Abrir ranhura 6–12 mm, limpar com ar e aspirar.
- Instalar backer rod e respeitar razão largura:profundidade 2:1.
- Tempos e reabertura
- Pot life típico: 20–40 min a 20 °C.
- Cura inicial: 6–12 h; tráfego leve: 24 h; carga total: 48–72 h (ver ficha técnica do produto).
Exemplo
Equipa de 2 técnicos tratou 28 m de fissura em piso de oficina com injeção epóxi e costura seletiva. Checkpoints a cada 5 m evitaram vazios. O espaço reabriu ao tráfego leve em 24 h, sem marcas de roda ou arrancamento do selante.
Orçamentação e Proposta Que Fecha
Problema
Clientes desconfiam de propostas vagas. Explicar o porquê do método e o que fica garantido acelera a decisão e reduz telefonemas.
Solução
- Estruture por passos:
- Diagnóstico: medições de largura/profundidade, causa provável, fotos.
- Método: porquê injeção/costura/selagem, dados técnicos (pressões, dimensões, tempos).
- Preparação e segurança: controlo de poeiras, proteção de áreas, gestão de resíduos.
- Prazos: tempo por fase e reabertura (ex.: 24 h para tráfego leve).
- Garantias e limitações: o que está incluído e exclusões (ex.: movimentos estruturais futuros).
- Use Donizo para velocidade e clareza:
- Capture detalhes por voz, texto e fotos e gere a proposta em minutos com o fluxo de voz‑para‑proposta.
- Envie PDF com a sua marca e acesso a portal do cliente. Ative a assinatura eletrónica para aceitação legal imediata.
- Após aceitação, converta em fatura num clique e acompanhe pagamentos no mesmo sistema.
Exemplo
Em pequenas reparações residenciais, uma resposta em menos de 24 h com método explicado e prazos de reabertura claros aumenta a confiança do cliente. Com Donizo, muitos empreiteiros reduzem o tempo de elaboração de propostas de horas para minutos, mantendo o mesmo nível técnico.
Perguntas Frequentes
Epóxi ou poliuretano: quando usar cada um?
Epóxi liga estruturalmente as faces da fissura e requer substrato seco (tipicamente <4% de humidade). É escolha para fissuras estruturais e secas. Poliuretano expande, sela água e tolera húmido; ideal para infiltrações e fissuras vivas onde a estanquidade é prioridade.
Como medir a largura da fissura com precisão em obra?
Use um medidor de fissuras com escala em 0,1 mm ou sonda de lâminas. Meça em três pontos por metro. Para decisões rápidas: <0,2 mm monitorizar/selar; 0,2–0,5 mm considerar injeção de baixa pressão; >0,5 mm avaliar costura/injeção estrutural.
Posso reparar em tempo frio?
Sim, mas respeite limites de aplicação do produto. Faixa segura comum é 10–30 °C, com humidade relativa <80%. Em tempo frio, aqueça ligeiramente o ambiente, aumente tempos de cura esperados e evite condensação (betão pelo menos 3 °C acima do ponto de orvalho).
Quanto tempo até reabrir ao tráfego?
Depende do sistema. Em muitos epóxis de cura rápida: 6–12 h para cura inicial, 24 h para tráfego leve e 48–72 h para carga total. Verifique sempre a ficha técnica do fabricante.
As fissuras podem voltar?
Podem, se a causa não for tratada. Introduza juntas de alívio onde faltam, corrija cargas concentradas e sele zonas expostas à água. Para fissuras vivas, prefira corte e selagem com selantes de capacidade de movimento ±25%.
Conclusão
Fissuras em betão exigem método: diagnosticar, preparar, escolher a técnica correta e controlar a execução. Com dimensões de ranhuras definidas (6–12 mm), pressões de injeção controladas (0,2–0,7 MPa), limites de humidade (<4%) e tempos de cura claros, reduz drasticamente retrabalhos e chamadas de volta. Transforme este rigor técnico em propostas claras e rápidas. O Donizo ajuda a capturar detalhes por voz, gerar PDFs profissionais, obter assinaturas eletrónicas e converter propostas aceites em faturas num clique — menos papelada, mais obra bem feita.





